Esta foi meu primeiro caso de relacionamento, que começou muito cedo, eu estava na quinta série, em uma escola nova recém construída, também em uma bairro novo, então tudo ali era novidade, primeira aula de inglês, primeira aula de educação física ( que era só correr em volta da escola e depois jogos recreativos na quadra), também havia aula de religião e desde muito cedo eu já sabia como bular esta aula, pois quando estudava em escola católica eu falava que era crente e quando estava em uma escola que dava aula protestante ( era assim que se chamava na época) eu falava que era católico pois assim era dispensado naquele período e poderia jogar ping-pong,kkk.
E a história começa justamente nesse período em que conhecia o Gaúcho ( apelido) de Marcos, ele assim como eu jogava ping-pong e estávamos jogando quando ele subitamente parou...( a bolinha até passou do lado dele) e ele ficou olhando fixamente a porta de acesso das salas de aula ao pátio, também fui olhar na mesma direção e descobrir que ele o gaúcho esta olhando para uma garota , que mais tarde descobrimos chamar-se Sheila, a essa altura não havia mais jogo, pois ele mudou completamente, era época das discotecas e na TV estava passando a novela do Pai Herói,os dias foram passando e percebi que meu colega de ping-pong já não mas se interessava em jogar, após algumas semanas conversei com ele e falei o que esta acontecendo? E ele respondeu estou apaixonado por aquela garota, só consigo ficar pensado nela, então lhe falei porquê não chega nela e diz isso.
E ele respondeu.....ta maluco ! Ela é da oitava série e eu estou na quinta, para ela devo ser uma criança!
Então pensei, pensei e lhe disse gaúcho, você quer namorar com ela certo? Então não tire conclusões precipitadas tentando pensar por ela e esta dentro da cabeça dela ( este erro é muito comum entre casais mesmo naquela idade),
Ele me respondeu ta e o que posso fazer? Chegar nela e falar olha quer namorar comigo? E ela vai olhar para baixo e dizer NÃO!, ( Gaúcho era um pouco mais baixo que ela) pra variar ele tinha complexo de altura também.
Pensei eu posso ajuda-lo,mas primeiro ele tem que ter a coragem de se arriscar a conhece-la e bom a primeira tentativa foi bem frustrante ela realmente o ignorou, o que deixou ele bemmm pra baixo,
Cheguei nele e falei dúvidas vocês começar a namorar? E ele com um sorriso no rosto falou ahh duvido, não tenho chance.
Ok falei a ele, escreva cartas de amor então para ela ! ( pois eu precisava mudar a frequência dele) e ele me falou cartas de amor? Pra quê? Nem sei ! O que isso vai ajudar? ( labirinto dos porquês...já começa desde muito cedo, kkk)
Falei você quer ou não namorar? Você duvidou então me deixe provar...depois de algum tempo ele aceitou fazer, pelo meno ele dizia que fazia se sentir bem e mais próximo dela. ( começava ali o primeiro caderninho,kkk)
Ele começou a escrever e até se interessar por poesias ( do nada e do caminho nenhum vai ser formar um caminho) e logo com essa atividade ele liberou aquele pensamento persistente nela e se deixou levar em seu romance em seu caderno, e isso na quinta série ! Semanas se passaram e mais uma aula de religião e de novo estávamos no pátio jogando e desta fez eu estava de frente para a saída das salas para o pátio e ele de costas,
Enquanto estávamos jogando ping-pong ela chega próximo a mesa é a Sheila! O que foi um choque para o Gaúcho ve-la e de novo a bolinha passou do lado dele....rsrs. A Sheila falou posso jogar também ( para ele isso deve ter sido musicas para o seu ouvidos,rsrs) ele claro! Mas do que depressa eu me adiantei em dizer para ele ensinar ela a jogar.
Começava ali o relacionamento dos dois, passaram a ir juntos a cantina e chegou o mês de junho festa junina e claro quadrilha! E ele me falou nossa ja pensou dançar com a Sheila....seria maravilhoso!
Falei Gaucho você vai dançar com ela, já vejo vocês dançando, ele sorriu e falou sonhar não custa nada né ( ja estava trabalhando a visualização e nem sabia ! ) falei a ele já que não custa nada imagina você dançando então como uma brincadeira.
E ele assim o fez, na formação das quadrilhas faltou parceiro na sala da oitava série sala da Sheila,( olha o universo em movimento) então precisou de parceiros de outras salas, e vieram perguntar em nossa sala que gostaria de ir, eu falei gaúcho é a sala dela vai ! aceita ! E ele levantou a mão, e a outra professora da oitava anotou o nome dele, depois veio o intervalo e ele todo Bravo veio gritar comigo...dizendo que agora seria impossível formar uma par com a Sheila pois poderia ser qualquer garota! Eu dei risada pois percebi que ele só focava nos erros e impossibilidades, e o tranquilizei falando aguarde o ensaio...
Bom chegou o dia ! O ensaio nós estávamos lá eu só de mero expectador, e ele ansioso por poder ve-la e ao mesmo tempo com o desanimo de ve-la dançar com outro...( visualizando o que não se quer...) nisso começou a formação dos casais e a professora com o caderno em mãos com a lista dos casais falou Sheila ! Fica ali com o Gaúcho ! kkkk
Nesta hora o gaúcho olhou em minha direção com aqueles olhos de...como ?
O ensaio começou e eles logo se destacaram por dançar muito bem, tanto que a quadrilha precisa de um noivo e uma noiva....kkkk e imaginem quem seria....
Gaúcho e Sheila! depois de muita frescura entre os dois ( normal sempre ter um joguinho) eles aceitaram e chegou o dia da festa Junina o que para o gaúcho já era um sonho acordado o garoto estava eufórico e uma pouco atrapalhado por estar bem ansioso, mas começou a festa chegou a hora da dança e eles no casório, porem na hora que o garoto vestido de padre falou estava casando os dois gaúcho em uma parte da cerimonia sussurrou algo no ouvido da Sheila e ela deu risada e depois retribuiu o sussurro no ouvido dele e pude ver o sorriso dos dois ( Gaúcho havia pedido Sheila em namoro !) e ela aceitou! Fiquei sabendo porque eles vieram me contar.
Este foi meu primeiro caso de relacionamento e a musica do amor deles que lhe marcou aquele momento foi esta.
Sheila falou que eu era o rouxinol no relacionamento deles.
adoro essa historia Regis, como de impossível tornou-se possível
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